segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

KELBILIM - O Caçador de Enganos.

     Hipona, a última cidade da Numídia que oferecia resistência a invasão bárbara, na costa mediterrânea da África agora estava sendo invadida, tendo Genserico, o próprio Rei dos vândalos no comando. Kelbilim, no seu leito de morte ouvia os tambores e sentia as tropas e as máquinas de guerra se aproximando. Roma, a cidade sagrada não resistiu a investida dos visigodos. Alarico, Rei dos visigodos ampliava seu domínio. Era o ano de 410. Aquele acontecimento deu inicio a um dos mais longos períodos de nossa história: a Idade Média.
     Induzido pelo pensamento filosófico de Platão, Kelbilim procurou saciar sua sede de conhecimento. Essa busca revela sobretudo seus enganos. Consciente desses desabores que lhe causava tanto sofrimento, ele abraça sua alma e extrai desses enganos a susbstância necessária para construir uma inteligência muito além daqueles de seu tempo.
      Não chega a ser um livro de filosofia propriamente dito, mas é um agradável exercício pelos intrincados mistérios da existência. Sábio é aquele que sabe aprender; é o que se pode lê nas entrelinhas. As lições se põe por toda parte prontas para serem colhidas por alguma inteligência habilidosa. O próprio Kelbilim, apesar dos enganos, deixa em seus rastros lições que enriquecem a nossa existência. Agostinho Noleto, o escritor dessa obra é presidente da Academia Imperatrizense de Letras e seu livro foi escolhido pela Academia como o melhor de 2010. Vale a pena mergulhar nessa leitura.

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