segunda-feira, 28 de março de 2011

ANTOLOGIA POÉTICA - BENEDITO BATISTA

            Neste final de semana tive o prazer de revisitar a obra literária de Benedito Batista, uma Antologia Poética organizada pelo próprio autor. São poemas colhidos dos livros; Canto Ocasional, Arpejos em Tom Menor, Canto do Amanacy, Melopéia Dual e Vozes do Silêncio, este último em parceria com Wilson Dantas Ribeiro, além de alguns poemas intitulados por ele de "Pela Paz".
            Para mim que tive o prazer de usufruir de sua amizade, é impossível separar a poesia do autor. A presença de Benedito nas rodas de conversas, levava estas invariavelmente as discussões literárias e as declamações poéticas. Sua dicção perfeita dava grandeza a poesia declamada, seu vasto conhecimento no campo da literatura substânciava as conversas.
            Apesar de seu envolvimento político; quando jovem foi presidente do Grêmio Lítero e Recreativo "Gonçalves Dias", no Colégio Gomes de Sousa, na cidade de Grajaú, onde Benedito residiu por onze anos, desde 1949 até 28 de janeiro de 1960. Em Amarante elegeu-se vereador e foi mestre-escola, de 1960 até abril de 1963 quando resolveu mudar-se definitivamente para a cidade de Imperatriz. Aqui ele também conseguiu eleger-se vereador e foi secretário de Educação e Cultura nos anos de 1977 a 1978 na administração do prefeito Carlos Gomes de Amorim, entre outras atividades públicas exercida por ele. No entanto, suas maiores paixões era a música e a poesia. Seu repertório era vasto, demonstrando seu carinho pela música brasileira.
           Nascido no dia 10 de outubro de 1934, na fazenda "Alegre" nos sertões paraibano, foi tangido pela seca que aterrorizava toda aquela região até atingir as terras férteis do estado do Maranhão. Seu gosto pela literatura lhe concedeu uma cadeira na Academia Imperatrizense de Letras. As trovas e os Sonetos foram suas marcas preferidas.Tanto escrevendo quanto declamando, Bené foi uma raiz forte da poesia tocantina. Ele se foi mas sua obra está a disposição daqueles que se interessa por aqueles que por aqui  passaram e plantaram versos. Onde encontrar? http://www.eticeeditora.com.br/

quarta-feira, 23 de março de 2011

NENÉM BRAGANÇA

             Este disco contém dez músicas que Bragança costumava amedrontar os concorrentes nos palcos dos Festivais brasileiros. Ganhando ou perdendo ele sempre se apresentava como um forte candidato . Apesar dos ensaios corridos entre os participantes, sua apresentação era muito segura o que agradava em cheio os jurados. Em mais de cem Festivais, nas diferentes regiões deste País, Neném cantou e encantou o público presente, deixando sempre a cidade de Imperatriz muito bem representada. Seu acêrvo de troféus é prova disso.
             Com mais de trinta anos de estrada (em 1980 ele disputou seu primeiro Festival, quando integrava  o Grupo Trempe de Barro), daí por diante não parou. Uma vida rica de atividades artísticas e pobre de registro, chegando mesmo a afetar o patrimônio de nossa cidade. Ao longo destes tantos anos Bragança gravou apenas este disco, que na verdade é um apanhado de sua longa história, registrada em diferente estúdios, com concepções de vários músicos... A qualidade auditiva só não foi muito prejudicada graças a sua força interpretativa a qual produziu um certo alinhamento nas diferentes gravações. 
             Neste disco estão reunidos os compositores que Neném sempre gostou de intérpretar nos Festivais: Orley Massoli, Zeca Tocantins, Javier dy Mar-y-abá, além de Lourival Tavares, Batista Filho, Orlando Maranhão e Dudu Zam. As músicas Plenitude das Palavras e Sangrador recebem a assinatura do próprio Bragança.
             Com o pé na estrada e outro nos bares, de onde ele vem garantindo o sustento da família cantando nas noites. Esse artista se divide entre o gosto do público, ou seja, aquilo que se ouve nos rádios e, a necessidade de se mostrar autêntico, dígno de vencer com suas próprias músicas. Das duas maneiras que ele se mostra tem seu público cativo; os que adoram os hits musicais e os que anseiam por alguma novidade na música popular brasileira.
             No início da década de 90, Nénem gravou a música " Ave de Arribação", de autoria de Javier dy Mar-y-abá. Foi uma explosão de sucesso, atingindo todos os gostos, chegou mesmo a ser a música mais tocada na capital maranhense. Bragança recebeu por este feito o prêmio da Rádio Universidade FM de São Luís. A voz deste artista é sem dúvida um patrimônio imperatrizense e brasileiro. Que venha novos registros.
Contato - (99) 3524-0834\ 9125-4226

ESTILHAÇOS DE EMOÇÕES

     
       Quase não encontro mais pessoas indignadas. O Partido dos Trabalhadores que era o calo dos governantes assumiu o comando da política brasileira; Quem era pobre ficou rico quem era rico ficou milionário. Como nosso problema estava restrito a pobreza, ficamos todos realizados. Parece que as engrenagens que movem a vida foram devidamente lubrificadas, muito raramente se ouve algum ruído diferente.
            Centenas de jovens deterioram em praça pública consumidos pelas drogas, eu disse consumidos, não consumidores como as autoridades insistem em afirmar. Isto gera todo tipo de crime; prostituição, assaltos, assassinatos... Este espetáculo absurdo não atinge a nossa sensibilidade, até aprendemos, e estas informações estão por toda parte que não devemos reagir diante dos assaltos, quando isto lhe acontecer procure demonstrar tramquilidade, convide o individuo para tomar uma cervejinha. Caso o bandido lhe atinga no peito, abra um sorriso e peça desculpas. Se o amigo dispor de uma bala, faça o favor de repor a do assaltante pois eles precisam está preparados para qualquer eventualidade. Esta é uma boa oportunidade de você mostrar que tem educação, deseje-lhe um feliz próximo assalto.
           Música como aquela "Pra não dizer que não falei de flores" foi substituída por uma poesia filosófica tipo; "  Ado, ado, ado, cada qual no seu quadrado" uma legítima aspiração de nossa juventude. Apesar da profundidade poética, dá pra compreender que preto é preto, pobre é pobre. Carlos Ociran, não deu muita importância a estas informações: menino pobre da cidade de São Domingos do Maranhão, resolveu sair de seu quadrado, pegou a escada do conhecimento e só Deus sabe com que dificuldades  foi subindo degrau por degrau. Fez o curso Técnico em Edificações na Escola Técnica Federal do Maranhão, bacharelou-se em Matemática na UFMA, mestrado em Matemática na UnB, pós-graduou-se em Matemática Superior na PUC-MG, é dourando em Ciência e Engenharia de Materiais pela UFSCar-SP. Estes foram os degraus que o levaram a um espaço onde poucos conseguiram atingir, estes degraus lhe ensinaram que a substância maior da vida chama-se poesia.
           É na poesia que Ociram procura extravasar suas inquietações, seu sentimento retido, suas emoções travando duas lutas diferentes; a primeira individual, quando descobre que o menino lá de São Domingos virou avô, a segunda é coletiva; ele não consegue digerir os governos escabrosos que se mantém a vida inteira no poder através de manobras políticas ou politiqueiras, ou seja, ele ignora o aviso de que cada um tem que ficar no seu quadrado e acima de tudo, não devemos reagir aos assaltos. Despresando estes avisos eles simplesmente esturra: " Ilha bela, infestada de feras palacianas. Cães Sarne(y)ntos, espinhos e Roseanas"... Até que enfim ouvi um ruído diferente.
Você encontra este livro na Loja Virtual. http://www.editoraetica.com.br/

sexta-feira, 18 de março de 2011

SEU TONHO

            Tonho era o apelido de Antônio Amaro Aires, nono filho de seu Lupércio, lavrador mulato, filho de escrava com o patrão. Nascido no dia primeiro de janeiro de 1900. Aos doze anos resolveu abandonar a família no Estado do Ceará e sair a procura de melhores dias. Atravessou o Piauí onde morou por algum tempo em Floriano, depois atravessou o Maranhão as vezes a pé outras a cavalo até chegar no norte de Goiás na cidade de Pedro afonso.
            Com a coragem e a determinação de nossos desbravadores, Tonho ergueu alí um comércio que se abastecia de mercadorias vindas de Belém, construiu botes para o transportes, estes se juntavam aos de seu Benê Queiroga que vinha de Peixe Canguçu, aos do turco João Círio de Porto Nacional, de seu Tovar em Carolina, de seu Simplício Moreira em Imperatriz, de Nagib Mutran em Marabá e por último aos de seu Zé Correia em Tucuruí. Quando a frota atracava o cais de Belém chegava a quase cem botes.
             Estes comerciantes tinham uma alinça de amizade fortalecida pelas dificuldades de navegação. Em Belém era preciso driblar os marginais que impestavam o cais do porto, depois era preciso identificar as mercadorias de qualidade e negociá-las por um preço camarada. Com os botes lotados era a vez de enfretarem as correntezas do rio e as difícieis cachoeiras, onde muitas vezes botes eram danificados e a frota teria que parar para consertar os estragos. A malária também era uma inimiga cruel, quase sempre deixava fora de combate bons remadores, além disso ainda tinha os índios que habitavam as margens do rio sempre prontos a assaltar os barcos caso estes estivessem desprotegidos.
             No retorno estes marinheiros eram saudados com festas e o sanfoneiro Antista tinha sempre no repertório uma música do agrado dos viajentes. A cachaça corria solta e as mulheres faziam de tudo para agradar aqueles aventureiros. As mercadorias eram disputadas por aqueles que tinham algum dinheiro, os que não tinham faziam trocas pelos produtos da roça ou mesmo da fazenda. Assim como os barcos se encontravam na descida, assim iam se separando conforme a chegada de alguns em cada porto. Era a década de 20.
              Somados aos esforços de abastecer o mercado de Pedro Afonso, seu Tonho tinha uma grande criação de reis, que abatia sempre que ia visitar o mercado de Belém. Além de levar a carne de gado salgada, levava também os minérios extraídos nos garimpos de Porquinho, Abacaxi, Olmano, Machadinho, Cumaru, Peixoto, Porto Rico, Mandy, Macedônia, Serra dos Carajás e na fazenda de seu Genésio, onde hoje é Serra Pelada.
              Seus negócios prosperaram de tal forma, seu nome cresceu tanto em popularidade a ponto de ser convidado por Juscelino Kubistcheck para candidatár-se ao senado, nas eleições que Juscelino disputava a presidência. Ambos foram eleitos e o Presidente lhe convidou para ser Ministro de Obras Públicas.
Onde encontrar - Editora Kelps - 0xx 62 3211-1616.

SETE CHAVES QUE NOS LEVAM AOS MILAGRES

            Este livro pretende ser um manual do encontro de milagres, nele estão guardados princípios para uma vida de milagres, garante o Apóstolo Alex Nunes Rocha, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e, bacharel em Teologia pelo Instituto Bíblico da Assembléia de Deus (IBAD). Alex é também mestre em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Equatorial e Presidente da Comunidade Nova Vida em Imperatriz.
             Ele nos ensina que quando um espírito malígno se aloja em uma pessoa, ele tem um objetivo; matar, roubar, destruir esse corpo... Então ele traz doenças. Essas doenças, segundo ele, pode ser uma maldição hereditária, envolvimento com seitas, trabalhos de terceiros, comidas sacrificadas a idolos. Algumas comidas, afirma ele, como o Acarajé da Bahia, Vatapá, Caruru e até mesmo frangos leiloados na Igreja Romana, pode ser a entrada de maus espíritos.
              Noutro ponto ele garante que o príncipio de um milagre é a Fé, sem ela é impossível o homem agradar a Deus. A Fé sobrenatural é diferente da Fé natural. O sobrenatural é encontrado no mundo espiritual. Somente com a chave da Fé, podemos ter acesso aos milagres em nossas vidas. Atualmente a chave mais procurada é a chave da prosperidade, por que esta trás mudanças radicais; novos amigos, reconhecimento, respeito, sonhos realizados, etc. Antes desta chave é indispensável que o homem procure encontrar a chave da Sabedoria, pois nunca vamos colher algo que não plantamos, a semeadura é livre mais a colheita é obrigatória. Você vai colher exatamente no mesmo nível que você plantou, diz ele. 
             Para Alex, o jejum, a oração e a consagração são pontes que levam o homem ao pés de Deus. Qualquer pessoa ou Igreja que se submeter a este sacrifício será capaz de realizar milagres.
             Um pouco mais de cuidado na digitação dos textos teria feito muito bem a este livro. No entanto, seu conteúdo é de fácil compreensão e a Fé é realmente o instrumento que mede o peso e o tamanho de nossa crença, sem ela realmente jamais chegaremos a lugar algum.
             Contatos com o autor - alexnunesrocha@ig.com.br  99 9005-6565 Imperatriz -MA.