quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

EVOLUÇÃO

EVOLUÇÃO

Não podemos estacionar
temos que continuar
evoluindo como sociedade.

Até criarmos asas
até virarmos anjos
divinamente humanos.

Do meu Livro "Curandeiras".

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CONDUÇÃO

CONDUÇÃO

Nuvens passageiras pegam carona
na carruagem do vento.

O anjo condutor me acena.

Vão desenhar carneiros
na parede azul de outros céus.

Em janeiro lanço meu livro
"Curandeiras" nome provisório.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

POEMA OPERÁRIO

POEMA OPERÁRIO

Meu poema operário
martela insistentemente meus sentidos
ao ver tantos jovens
sendo publicamente consumidos.

É a Droga deste Sistema Político
que mastiga sem piedade nossos sonhos
com os dentes afiados
da corrupção e da impunidade.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

PARTILHA


Alimento a crença
de um mundo melhor.

Celebro na partilha
a construção desse tempo.

De Zeca Tocantins

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O MENINO E A BOLA



O menino fica esperto quando vê a bola
o menino deita e rola quando vê a bola.
Não tem medo da cidade nem lhe interessa
se o motorista conhece uma frase impressa:

"Que atrás de uma bola Há sempre um menino"

Lá na frente a bola corre em liberdade
atrás, o menino esquece a cidade.
O menino e a bola a bola e o menino
ambos fazem parte do mesmo destino.

Surge o motorista de responsabilidade
sabe que a cidade não é de brincadeira
em louca carreira atinge o menino
que se esvai em sangue, no asfalto esfria.

Lá na frente a bola presenciando a cena
cabisbaixa chora junto ao meio fio.

Zeca Tocantins

terça-feira, 1 de novembro de 2011

NOSSA ARTE NAS ESCOLAS

       A Escola é um espaço de ação onde todo cidadão comprometido com
a construção cultural de sua cidade deve se fazer presente. Ela é a única
instituição que tem força para abrigar todas as diferenças e conduzi-las
a um só destino; o conhecimento. Zeca Tocantins.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

VINGANÇA DE APOSENTADO

Antônio Elias
assassina o dia;
Dez horas ele diz
ser quase meio-dia.

Sentado à sombra
da mangueira acelera a vida
pelo simples prazer
de vê sangrar o tempo.

Zeca Tocantins

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O QUE LEVO


 Amor levo comigo
tristeza levo comigo
angústia levo comigo...

Por não saber deixar
nada pelo caminho
te abraço companheira
em toda distância.

Poesia do meu próximo Livro.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CAMINHAR DE MÃOS DADAS

O Festival de Música de Imperatriz se realiza graças a existência de pessoas que seguram com firmeza a nossa mão e nos ajuda a caminhar; são amantes, parceiros, patrocinadores, artistas diversos que emprestam seus talentos para a grandeza deste evento.
Parabéns para aqueles que tiveram a coragem de aplaudir e também para aqueles que tiveram a coragem de se indignar. Esta é mais uma das importantes funções de um Festival; despertar o senso crítico das pessoas para que possam manifestar suas opiniões diante dos acontecimentos.
Acreditamos que cumprimos nossa missão e convidamos a todos que estiveram e quem mais possa vir, para juntos caminharmos de mãos dadas rumo a Sétima Edição do FMI - Festival de Música de Imperatriz.

Agradece; FUNDAÇÃO RIO TOCANTINS - MEMORIAL DO PESCADOR

terça-feira, 11 de outubro de 2011

DESEJO


Desejo ter vinte anos
vinte anos de poesias.
Mesmo que o mar agitado
afogue a minha alegria.

Desejo ter vinte anos
vinte anos bem vividos.
Que a morte não me encontre
na fila dos oprimidos.

Desejo ter vinte anos
vinte anos simplesmente.
Com direito errar a conta
e começar novamente.

De Zeca Tocantins.

URBANO

Te amei urbanamente
Te enfeitei de jóias
Te vesti de princesa

Não fui capaz de compreender
que as luzes da cidade
ferem a alma das estrelas .

De Zeca Tocantins

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CRIAÇÃO HUMANA


 
CRIAÇÃO HUMANA
 Zeca Tocantins
Deus não existe. Deus é uma legítima criação da sabedoria humana.
A História desaprova aqueles que afirmam que o homem esta se tornando mais violento. Nosso passado foi de uma selvageria sem comparativo.
Ornamos nossas armas com ossos de nossos irmãos, saqueamos e destruimos nações inteiras.Nossos deuses eram de guerras e vingativos.
Após tantos sofrimentos gerados desses combates, nossos antepassados ungidos de sabedoria, criaram o Deus da Paz, da Bondade e da Compreensão.
Um Deus capaz de perdoar crueldades cometidas com ele próprio. Esta foi sem dúvida alguma a mais bela criação humana.
Ainda estamos aprendendo a amar o Deus do Bem, mas é sábio saber que Deus existe.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MEU PAIS

MEU PAÍS
 Zeca Tocantins
Meu País é corrupto desde sua origem. Aqui a mentira reina absoluta
subjugando alguns resquícios de verdades.
Nosso povo não acredita no trabalho. O que prospera são os conluios políticos
 a arrogância dos traficantes e o ardil dos trambiqueiros.
Os discursos são progressivos e revolucionários mas as ações conservam
a cultura do apadrinhamento... Este País precisa acreditar no trabalhador.

HOMEM-BOMBA

HOMEM-BOMBA
Zeca Tocantins

O mundo gira
cada vez mais rápido.
Engulo um trago
firmo o equilibrio.

E vejo o rombo
e vejo a bomba
e vejo o risco.

Somos a borra
dos edifícios:
o sa-cri-fí-cio.

Aprumo o passo
pela fila dos pedintes
dizendo: NÃO!...

E viro bomba
e o mundo zomba
da explosão.

REGULAMENTO

FUNDAÇÃO RIO TOCANTINS-MEMORIAL DE PESCADOR
VI FESTIVAL DE MÚSICA DE IMPERATRIZ-FMI
REGULAMENTO DO FMI- 2011
Art. 1º - O Festival de Música de Imperatriz é um convite aberto a compositores e intérpretes, que deverão inscrever apenas composições inéditas e originais.
DAS INSCRIÇÕES

Art. 2º - Abertas de 15 de Agosto a 07 de outubro; Triagem das músicas inscritas 08 e 09 de outubro e dia 10, divulgação das classificadas. Obs.: As inscrições serão gratuitas.

Art. 3º - Cada compositor poderá inscrever até duas (2) músicas, gravadas em CD ou MD, sem identificação do autor e acompanhadas de cinco (5) cópias da letra; classificará as duas somente quando houver dois intérpretes.
TRIAGEM
Art. 4º - Das músicas inscritas, vinte e oito (24) serão escolhidas para o Festival.
Art. 5º - A triagem será feita por uma comissão escolhida para esta fase.
ENSAIOS

Art. 6º - Os ensaios acontecerão nos dias 10, 11 e12 de outubro, de acordo com a ordem de chegada no Paço do Zuzinha na Fundação Cultural-FCI pela parte da tarde.
APRESENTAÇÃO

Art. 7º - Doze (12) músicas na primeira eliminatória e Doze (12) na segunda, ficando Doze músicas para a grande final.
Art. 8º - O Festival oferecerá estrutura de som. O candidato pode e deve encontrar parceiros para enriquecer sua apresentação.
Art. 9º - Não será permitido o uso de “play-back”.
JÚRI
Art. 10º - A comissão julgadora será formada por pessoas de extremo conhecimento da área musical, que estarão avaliando: letra, música e interpretação.
Art. 11º - As decisões do júri serão irrecorríveis e irrevogáveis.
PREMIAÇÃO
Art. 12º - Será oferecida a seguinte premiação:
1º lugar: R$ 1.200,00
2º lugar: R$ 900,00
3º lugar: R$ 600,00
ACLAMAÇÃO POPULAR – 600,00
Art. 13º - Os casos omissos neste regulamento serão soberanamente resolvidos pela comissão organizadora.
Local de Inscrições: Teatro Ferreira Gullar e Fundação Cultural de Imperatriz-FCI. Fundacaoriotocantins@gmail.com ou fundacaoriotocantins.blogspot.com

EVENTO ACONTECERÁ NOS DIAS 13,14 e 15 de outubro de 2011 na ROMANOS PIZZARIA.
REALIZAÇÃO: FUNDAÇÃO RIO TOCANTINS-Memorial do Pescador

COORDENAÇÃO: ZECA TOCANTINS e NENÉM BRAGANÇA

IV FMI – Festival de Música de Imperatriz

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PÉ de IPÊ


    
Há pouco mais de dez anos
plantei um pé de ipê no meu quintal.
Hoje pela manhã lhe encontrei festivo
entre seus galhos desfolhados exibia
duas belas flores amarelas.

Eram as primeiras de sua existência;
começava alí o divino ofício
de tornar a primavera ainda mais bela.

Outras flores viram certamente
mas estas duas são ofertadas
às mãos que lhes plantou
e aos olhos que lhes viu crescer.
- Um brinde a primavera!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

CORAÇÃO URBANO

Te amei urbanamente.
Te enfeitei de jóias.
Te vesti de princesa.

Não fui capaz de compreender
que as luzes da cidade
ferem a alma das estrelas

FAROL



Eu, Zeca
criador de tempestades
me recuso a visitar tua quietude.
Só te abraço
quando fazes remanso
em minhas correntezas.

Eu, Zeca
filho do fogo
não mergulharei em tuas lágrimas.
Só me queima
quando tece nos vãos
de teus olhos todo sentimento.

Eu, Zeca
irmão dos sonhos
não seguirei tuas certezas.
Só vigio
teu farol sinalizando
meu renascimento.

Eu, Zeca
operário da liberdade
dispenso a cadeia de teus braços.
Só amo
esse calor indizível
que emana de teu corpo.

Eu, Zeca
ressuscitado de tantos golpes
não aprendi a morrer ainda.
Por isso
te encontro sempre
em todas as distâncias.

MENINA-MÃE

As meninas de minha Vila
exibem suas crianças com orgulho.
E contam do desassossego
causado por seus vômitos
em plena madrugada.

Afirmam categoricamente
Que o remédio “xis” respeitando
horário e dosagem correta
alivia as dores de barriga.

Reclamam das fraldas
descartáveis que deixam vazar.
Discutem o leite adequado
e o bico ideal da mamadeira.

Indicam pomadas para as assaduras
e sedativos para as crises de ouvido.
Conhecem várias marcas de amaciantes
e desejam um belo futuro para seus filhos.

Formação escolar? Vida social?
Quem dera lhes sobrassem tempo.
Ainda tem gente que afirma
que as meninas de minha Vila
são vazias e desocupadas.

Poema de Zeca Tocantins.

CÉU

Lá onde as terras
vestem-se de plantas.

Estas ofertam aos
bichos alimentos.

As águas puras
nos riachos cantam.


O Céu múrmura
um doce encantamento.

MINHA ARTE

Minha arte não só produziu
músicas e literatura
produziu também amigos.

Foi ela que abriu as portas
onde encontrei abrigo
de tantas amizades.

Sou agradecido e reconheço:
é impossível se calcular
o valor destes momentos.

domingo, 17 de abril de 2011

Luís Brasília - Postado pelo Cantador Clauber Martins

Luto pela morte, e a luta continua...
Uma luta lúgubre porém viva
Imperatriz perdeu mais um bico de luz
Zumbizando pela madrugada.

    - Bom, muito bom!!!
      Rugia o produtor
      Ainda se pode ouvir o brado...
      Saiu sem abrir e sem fechar a porta
      Inconseqüente talvez, inconsciente nunca.
      La vai o louco de pedras e de plumas.
    - Imperosa, fui...
    - Até o próximo programa.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O SONHO DOS JUSTOS

           São quarenta textos de excelente qualidade, neles Francimar desnuda esse universo político mentiroso que estamos nos acostumando. Nele a política tem um cuidado muito especial com a estética, maquiando a realidade com seus discursos de honestidade, mas quando alguém tem a coragem de lhe tirar a máscara, o que vimos é isso aí; O SONHO DOS JUSTOS.
           Ornamentado por bons textos que expressão a força de seu conteúdo, Domingos Cézar diz no prefácio; " Francimar é um homem politizado, ex-vereador do Municípío que mesmo sem mandato, continua como se fosse um atuante legislador, fiscalizando, cobrando, denunciando, como se estivesse da tribuna". Já o escritor Livaldo Fregona declara em uma das orelhas do livro; " Francimar é um profundo caminhante dos labirintos políticos, explana com clareza e coerência, as razões que dificultam, ou mesmo impedem, o desenvolvimento do País: a corrupção e a impunidade generalizadas.
           Na segunda orelha é a vez da professora Liratelma Cerqueira, declarar que " Francimar é um lutador pertinaz, que não desanima, não se imobiliza diante da indecência política, do autoritarismo, da dominação econômica e da ordem capitalista que inventou a miséria". A Apresentação do também professor e escritor Arnaldo Monteiro é categórica; " Escancaradamente, temos visto o dinheiro, oriundo dos impostos pagos pelos contribuintes, desviado como propina aos inescrupulosos representantes públicos. E como os bolsos dos paletós já não são mais suficientes para armazená-los, escondê-los, até os lugares fétidos, que estão por baixo das cuecas, ou das meias que vestem os pés contaminado pela sujeira mal-cheirosa, também passam a ser cofres".
           Como podemos verificar, ele simplesmente enfia um espeto na frágil pele que cobre nossas feridas, revelando cruelmente que nosso estado de conformismo não pode ser verdadeiro. Abrir as páginas deste livro é afastar um pouco a máscara daqueles que fingidamente nos enganam com seus discursos de honestidade.
           Francimar Gomes Moreira nasceu no dia 8 de abril de 1946, na zona rural do sertão nordestino, num lugarejo denominado Várzea Grande, no Município de Independência, Estado do Ceará, onde, até sair, aos 18 anos, para servir o Exército, trabalhou na lavoura de subsistência. Chegou em Imperatriz no dia 9 de setembro de 1973. Seu livro pode ser encontrado na loja virtual. http://www.eticaeditora.com/

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O PROJETO GRANDE CARAJÁS e seus reflexos para a cultura extrativista do Maranhão.

          
            Este ambicioso Projeto comandado pela Companhia Vale do Rio Doce, foi o responsável pela criação do Polo Carajás, que conta com quatorze usinas siderúrgicas, sendo metade localizadas em Marabá e as outras sete no Maranhão, sendo cinco na cidade de Açailândia. Em meados da década de 90 a Vale operava em nove estados brasileiros em diferentes aréas; pesquisa mineral, siderurgia, madeira, celulose e papel. Em 2003, dez anos após sua privatização esta empresa passou a denominar-se, formalmente, apenas Vale.
            Para garantir a implantação deste mega Projeto, o Governo Federal criou incentivos para atrair empresas com atuação nas aréas da agricultura, pecuária, agroindústria, florestamento e reflorestamento, entre outras. Dentre os privilégios criados estão a concessão e titulação de terras públicas em pequena ou grande escala, vantagens para a importação de máquinas e equipamentos e, autorização para empréstimos externos garantidos pelo Tesouro Nacional, além de inseção de Imposto de Renda por um prazo de dez anos.
           Com a implantação do PGC, três grupos sociais se destacaram na região: Um deles foi composto pelos grandes empresários e possuidores de extensas quantidades de terra, na maioria pessoas que vieram de fora da região e até de fora do País almejando ganhar dinheiro e voltarem o mais breve possível para seu lugar de origem; o outro grupo foi formado pelos profissionais liberais como médicos, advogados, engenheiros, que quando encontrava maneira de se estabelecerem ficavam na região; o terceiro e último era o predominante, formado por migrantes, somados aos nativos que tinham uma menor qualidade de vida, seus ganhos eram baixos e tinham pouca qualificação técnica.
           Um decreto em 1938, institui a data 13 de abril como o Dia do Babaçu, já em 1950, a Lei nº 838 proíbe a derrubada destas palmeiras. Eis portanto, o reconhecimento da importância desta palmeira para o Estado do Maranhão. Em 1969, foi criada a Lei de Terras do Maranhão, conhecida como Lei Sarney, esta Lei foi responsável por grandes conflitos entre os ditos donos da terra e a sociedade camponesa extrativista. As terras devolutas foram ocupadas por grandes empresas agropecuárias. Houve uma devastação em grande escala na aréa dos babaçuais.
           Em 1990, quebradeiras de coco do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins, realizaram " A Feira das Quebradeiras ", na cidade de Imperatriz. Este encontro foi um dos embriões do MIQCB - Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco. O povoado de Petrolina, munícípio de Imperatriz é hoje o foco principal de acirradas disputas entre a Associação das Quebradeiras e as Carvoarias, que insistem em transformar o coco e seus derivados em carvão para alimentar os fornos das Siderúrgicas.
         Este é um bom livro e pode ser encontrado na loja virtual: http://www.eticaeditora.com/.  
 

segunda-feira, 28 de março de 2011

ANTOLOGIA POÉTICA - BENEDITO BATISTA

            Neste final de semana tive o prazer de revisitar a obra literária de Benedito Batista, uma Antologia Poética organizada pelo próprio autor. São poemas colhidos dos livros; Canto Ocasional, Arpejos em Tom Menor, Canto do Amanacy, Melopéia Dual e Vozes do Silêncio, este último em parceria com Wilson Dantas Ribeiro, além de alguns poemas intitulados por ele de "Pela Paz".
            Para mim que tive o prazer de usufruir de sua amizade, é impossível separar a poesia do autor. A presença de Benedito nas rodas de conversas, levava estas invariavelmente as discussões literárias e as declamações poéticas. Sua dicção perfeita dava grandeza a poesia declamada, seu vasto conhecimento no campo da literatura substânciava as conversas.
            Apesar de seu envolvimento político; quando jovem foi presidente do Grêmio Lítero e Recreativo "Gonçalves Dias", no Colégio Gomes de Sousa, na cidade de Grajaú, onde Benedito residiu por onze anos, desde 1949 até 28 de janeiro de 1960. Em Amarante elegeu-se vereador e foi mestre-escola, de 1960 até abril de 1963 quando resolveu mudar-se definitivamente para a cidade de Imperatriz. Aqui ele também conseguiu eleger-se vereador e foi secretário de Educação e Cultura nos anos de 1977 a 1978 na administração do prefeito Carlos Gomes de Amorim, entre outras atividades públicas exercida por ele. No entanto, suas maiores paixões era a música e a poesia. Seu repertório era vasto, demonstrando seu carinho pela música brasileira.
           Nascido no dia 10 de outubro de 1934, na fazenda "Alegre" nos sertões paraibano, foi tangido pela seca que aterrorizava toda aquela região até atingir as terras férteis do estado do Maranhão. Seu gosto pela literatura lhe concedeu uma cadeira na Academia Imperatrizense de Letras. As trovas e os Sonetos foram suas marcas preferidas.Tanto escrevendo quanto declamando, Bené foi uma raiz forte da poesia tocantina. Ele se foi mas sua obra está a disposição daqueles que se interessa por aqueles que por aqui  passaram e plantaram versos. Onde encontrar? http://www.eticeeditora.com.br/

quarta-feira, 23 de março de 2011

NENÉM BRAGANÇA

             Este disco contém dez músicas que Bragança costumava amedrontar os concorrentes nos palcos dos Festivais brasileiros. Ganhando ou perdendo ele sempre se apresentava como um forte candidato . Apesar dos ensaios corridos entre os participantes, sua apresentação era muito segura o que agradava em cheio os jurados. Em mais de cem Festivais, nas diferentes regiões deste País, Neném cantou e encantou o público presente, deixando sempre a cidade de Imperatriz muito bem representada. Seu acêrvo de troféus é prova disso.
             Com mais de trinta anos de estrada (em 1980 ele disputou seu primeiro Festival, quando integrava  o Grupo Trempe de Barro), daí por diante não parou. Uma vida rica de atividades artísticas e pobre de registro, chegando mesmo a afetar o patrimônio de nossa cidade. Ao longo destes tantos anos Bragança gravou apenas este disco, que na verdade é um apanhado de sua longa história, registrada em diferente estúdios, com concepções de vários músicos... A qualidade auditiva só não foi muito prejudicada graças a sua força interpretativa a qual produziu um certo alinhamento nas diferentes gravações. 
             Neste disco estão reunidos os compositores que Neném sempre gostou de intérpretar nos Festivais: Orley Massoli, Zeca Tocantins, Javier dy Mar-y-abá, além de Lourival Tavares, Batista Filho, Orlando Maranhão e Dudu Zam. As músicas Plenitude das Palavras e Sangrador recebem a assinatura do próprio Bragança.
             Com o pé na estrada e outro nos bares, de onde ele vem garantindo o sustento da família cantando nas noites. Esse artista se divide entre o gosto do público, ou seja, aquilo que se ouve nos rádios e, a necessidade de se mostrar autêntico, dígno de vencer com suas próprias músicas. Das duas maneiras que ele se mostra tem seu público cativo; os que adoram os hits musicais e os que anseiam por alguma novidade na música popular brasileira.
             No início da década de 90, Nénem gravou a música " Ave de Arribação", de autoria de Javier dy Mar-y-abá. Foi uma explosão de sucesso, atingindo todos os gostos, chegou mesmo a ser a música mais tocada na capital maranhense. Bragança recebeu por este feito o prêmio da Rádio Universidade FM de São Luís. A voz deste artista é sem dúvida um patrimônio imperatrizense e brasileiro. Que venha novos registros.
Contato - (99) 3524-0834\ 9125-4226

ESTILHAÇOS DE EMOÇÕES

     
       Quase não encontro mais pessoas indignadas. O Partido dos Trabalhadores que era o calo dos governantes assumiu o comando da política brasileira; Quem era pobre ficou rico quem era rico ficou milionário. Como nosso problema estava restrito a pobreza, ficamos todos realizados. Parece que as engrenagens que movem a vida foram devidamente lubrificadas, muito raramente se ouve algum ruído diferente.
            Centenas de jovens deterioram em praça pública consumidos pelas drogas, eu disse consumidos, não consumidores como as autoridades insistem em afirmar. Isto gera todo tipo de crime; prostituição, assaltos, assassinatos... Este espetáculo absurdo não atinge a nossa sensibilidade, até aprendemos, e estas informações estão por toda parte que não devemos reagir diante dos assaltos, quando isto lhe acontecer procure demonstrar tramquilidade, convide o individuo para tomar uma cervejinha. Caso o bandido lhe atinga no peito, abra um sorriso e peça desculpas. Se o amigo dispor de uma bala, faça o favor de repor a do assaltante pois eles precisam está preparados para qualquer eventualidade. Esta é uma boa oportunidade de você mostrar que tem educação, deseje-lhe um feliz próximo assalto.
           Música como aquela "Pra não dizer que não falei de flores" foi substituída por uma poesia filosófica tipo; "  Ado, ado, ado, cada qual no seu quadrado" uma legítima aspiração de nossa juventude. Apesar da profundidade poética, dá pra compreender que preto é preto, pobre é pobre. Carlos Ociran, não deu muita importância a estas informações: menino pobre da cidade de São Domingos do Maranhão, resolveu sair de seu quadrado, pegou a escada do conhecimento e só Deus sabe com que dificuldades  foi subindo degrau por degrau. Fez o curso Técnico em Edificações na Escola Técnica Federal do Maranhão, bacharelou-se em Matemática na UFMA, mestrado em Matemática na UnB, pós-graduou-se em Matemática Superior na PUC-MG, é dourando em Ciência e Engenharia de Materiais pela UFSCar-SP. Estes foram os degraus que o levaram a um espaço onde poucos conseguiram atingir, estes degraus lhe ensinaram que a substância maior da vida chama-se poesia.
           É na poesia que Ociram procura extravasar suas inquietações, seu sentimento retido, suas emoções travando duas lutas diferentes; a primeira individual, quando descobre que o menino lá de São Domingos virou avô, a segunda é coletiva; ele não consegue digerir os governos escabrosos que se mantém a vida inteira no poder através de manobras políticas ou politiqueiras, ou seja, ele ignora o aviso de que cada um tem que ficar no seu quadrado e acima de tudo, não devemos reagir aos assaltos. Despresando estes avisos eles simplesmente esturra: " Ilha bela, infestada de feras palacianas. Cães Sarne(y)ntos, espinhos e Roseanas"... Até que enfim ouvi um ruído diferente.
Você encontra este livro na Loja Virtual. http://www.editoraetica.com.br/

sexta-feira, 18 de março de 2011

SEU TONHO

            Tonho era o apelido de Antônio Amaro Aires, nono filho de seu Lupércio, lavrador mulato, filho de escrava com o patrão. Nascido no dia primeiro de janeiro de 1900. Aos doze anos resolveu abandonar a família no Estado do Ceará e sair a procura de melhores dias. Atravessou o Piauí onde morou por algum tempo em Floriano, depois atravessou o Maranhão as vezes a pé outras a cavalo até chegar no norte de Goiás na cidade de Pedro afonso.
            Com a coragem e a determinação de nossos desbravadores, Tonho ergueu alí um comércio que se abastecia de mercadorias vindas de Belém, construiu botes para o transportes, estes se juntavam aos de seu Benê Queiroga que vinha de Peixe Canguçu, aos do turco João Círio de Porto Nacional, de seu Tovar em Carolina, de seu Simplício Moreira em Imperatriz, de Nagib Mutran em Marabá e por último aos de seu Zé Correia em Tucuruí. Quando a frota atracava o cais de Belém chegava a quase cem botes.
             Estes comerciantes tinham uma alinça de amizade fortalecida pelas dificuldades de navegação. Em Belém era preciso driblar os marginais que impestavam o cais do porto, depois era preciso identificar as mercadorias de qualidade e negociá-las por um preço camarada. Com os botes lotados era a vez de enfretarem as correntezas do rio e as difícieis cachoeiras, onde muitas vezes botes eram danificados e a frota teria que parar para consertar os estragos. A malária também era uma inimiga cruel, quase sempre deixava fora de combate bons remadores, além disso ainda tinha os índios que habitavam as margens do rio sempre prontos a assaltar os barcos caso estes estivessem desprotegidos.
             No retorno estes marinheiros eram saudados com festas e o sanfoneiro Antista tinha sempre no repertório uma música do agrado dos viajentes. A cachaça corria solta e as mulheres faziam de tudo para agradar aqueles aventureiros. As mercadorias eram disputadas por aqueles que tinham algum dinheiro, os que não tinham faziam trocas pelos produtos da roça ou mesmo da fazenda. Assim como os barcos se encontravam na descida, assim iam se separando conforme a chegada de alguns em cada porto. Era a década de 20.
              Somados aos esforços de abastecer o mercado de Pedro Afonso, seu Tonho tinha uma grande criação de reis, que abatia sempre que ia visitar o mercado de Belém. Além de levar a carne de gado salgada, levava também os minérios extraídos nos garimpos de Porquinho, Abacaxi, Olmano, Machadinho, Cumaru, Peixoto, Porto Rico, Mandy, Macedônia, Serra dos Carajás e na fazenda de seu Genésio, onde hoje é Serra Pelada.
              Seus negócios prosperaram de tal forma, seu nome cresceu tanto em popularidade a ponto de ser convidado por Juscelino Kubistcheck para candidatár-se ao senado, nas eleições que Juscelino disputava a presidência. Ambos foram eleitos e o Presidente lhe convidou para ser Ministro de Obras Públicas.
Onde encontrar - Editora Kelps - 0xx 62 3211-1616.

SETE CHAVES QUE NOS LEVAM AOS MILAGRES

            Este livro pretende ser um manual do encontro de milagres, nele estão guardados princípios para uma vida de milagres, garante o Apóstolo Alex Nunes Rocha, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e, bacharel em Teologia pelo Instituto Bíblico da Assembléia de Deus (IBAD). Alex é também mestre em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Equatorial e Presidente da Comunidade Nova Vida em Imperatriz.
             Ele nos ensina que quando um espírito malígno se aloja em uma pessoa, ele tem um objetivo; matar, roubar, destruir esse corpo... Então ele traz doenças. Essas doenças, segundo ele, pode ser uma maldição hereditária, envolvimento com seitas, trabalhos de terceiros, comidas sacrificadas a idolos. Algumas comidas, afirma ele, como o Acarajé da Bahia, Vatapá, Caruru e até mesmo frangos leiloados na Igreja Romana, pode ser a entrada de maus espíritos.
              Noutro ponto ele garante que o príncipio de um milagre é a Fé, sem ela é impossível o homem agradar a Deus. A Fé sobrenatural é diferente da Fé natural. O sobrenatural é encontrado no mundo espiritual. Somente com a chave da Fé, podemos ter acesso aos milagres em nossas vidas. Atualmente a chave mais procurada é a chave da prosperidade, por que esta trás mudanças radicais; novos amigos, reconhecimento, respeito, sonhos realizados, etc. Antes desta chave é indispensável que o homem procure encontrar a chave da Sabedoria, pois nunca vamos colher algo que não plantamos, a semeadura é livre mais a colheita é obrigatória. Você vai colher exatamente no mesmo nível que você plantou, diz ele. 
             Para Alex, o jejum, a oração e a consagração são pontes que levam o homem ao pés de Deus. Qualquer pessoa ou Igreja que se submeter a este sacrifício será capaz de realizar milagres.
             Um pouco mais de cuidado na digitação dos textos teria feito muito bem a este livro. No entanto, seu conteúdo é de fácil compreensão e a Fé é realmente o instrumento que mede o peso e o tamanho de nossa crença, sem ela realmente jamais chegaremos a lugar algum.
             Contatos com o autor - alexnunesrocha@ig.com.br  99 9005-6565 Imperatriz -MA.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CÉU - Zeca Tocantins

Lá onde as terras
vestem-se de plantas.

Estas fornecem
aos bichos alimento.

As águas pura
nos riachos cantam.

O céu murmura
doce encantamento.

SOMBRAS DOS TINGUIS - Crônicas sertanejas

            A fazenda Tinguis foi testemunha do nascimento de João Francisco da Silva, no dia 14 de agosto de 1951, no município de Sucupira do Riachão, no Maranhão. Filho de mãe solteira, foi adotado pelo fazendeiro Deocleciano da Costa Queiroz e dona Emiliana Ribeiro, alí começava seu drama.
            Menino ficou conhecido pelo apelido de Chicô, cuja narrativa parece ser muita antiga, mais não é, apenas sua criação se deu num ambiente rústico e possessivo. Onde o fazendeiro era o senhor absoluto e os agregados da fazenda simples escravos. Nada podia ferir as ordens do senhor sob pena de terríveis castigos.
            "Que saudades da professorinha..." Chicô jamais poderia cantar esta bela música traumatizado pela imagem autoritária de dona Zezé ( poucas vezes ele a trata pelo nome ) sua primeira professora. Que armada de uma palmatória feita da madeira do ipê e com os devidos consentimentos dos pais adotivos partia pra cima dele a qualquer deslize.
             Alí naqueles cafundós, haviam os encontros e desencontros, temas constantes de nossas novelas. Tramas planejadas friamente para liquidarem vidas inocentes e as lúdicas brincadeiras de criança; dança da carrapeta, lagarta pintada, tum-tum, entre outras da criação própria dos meninos tinguileses. O folclore era dotado de uma lista enorme de supertições e das brincadeiras do Jaraguaia e do Boi de Mestre Lobo.
             A morte de seu Diocleciano deixou Chicô em maus lençóis, seus irmãos adotivos lhe marcaram profundamente: " minha infância foi excessivamente cruel" desabafa. Ele e Zezito, filho de um morador agregado da fazenda, eram arrancados do sono antes das quatro da madrugada e colocados diante de dois pilões. Alí, esmiuçavam as amêdoas do coco babaçu torrado até transformarem numa semi-pasta grossa, uma das etapas preciosas do azeite de coco. Havia outras demandas, como o fabrico do doce de leite, doce de banana, doce de caju, doce de goiaba, tijolo de buriti. Tudo destinado aos filhos do fazendeiro que estudavam na Capital. Aos meninos cabia a rapa do tacho.
              Ele próprio confessa que levará para o túmulo estas marcas. O mundo psicológico do autor de Sombras dos Tinguis foi duramente abalado, há momentos em que ele numa estrada solitária tangendo um jumento mostra-se complacente, piedoso, benevolente, compreensivo e tolerante com o animal. Mas quando seu Pedrinho Aleijado foi profundamente injustiçado por sua culpa, ele se manteve frio e distante.
              É um mergulho nas raízes de nossa gente e você pode encontrar esta obra na loja virtual; www.eticaeditora.com.br

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A FAMÍLIA - PARTIDA AO MEIO

       As implosões ocorridas nos núcleos familiares acabam desaguando  no palco das decisões da vara de família. As consequências desastrosas desse impacto são filhos desorientados e pais inimigos.
       Lourival de Jesus Serejo Sousa, foi juiz de família por mais de 15 anos, ele nos conta em seu livro as ocorrências mais frequentes e, o grande desafio do juiz de família em exercer sua função sem se envolver emocionalmente nos casos em julgamento.
       O prefácio é de Giselle Câmara Groeninga, psicanalista e Mestre em Direito Civil pela Universidade de São Paulo. Ela afirma: " Dr. Serejo assume, de forma corajosa, a responsabilidade em compartilhar a experiência, o que tem o condão de aliviar aqueles que, isolados em sua função, sentem resoar em si o sofrimento dos juridicionados".
        Para Serejo, a família sempre esteve ligado à idéia patrimonial. Os casamentos eram feitos com preocupação de assegurar o patrimônio e a sucessão das grandes fortunas. Mas os avanços sociais repercutiram na construção das famílias modernas, promovendo uma pluralidade de tipos de famílias; patriarcal, de linhagem extensa, conjugal, monógama, heterossexual, nuclear, monoparental, vivencial, unipessoal, contratual, alimentar, homossexual, além da famílias recompostas.
        Diante dessa multiplicidade de relações familiares, as varas passaram a exigir um leque mais amplo de profissionais; psicólogos, sociólogos para responderem, ou pelo menos minimizar os danos adquiridos em uma separação. 
        O autor escreveu vários livros; é desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão e membro da Academia Maranhense de Letras. Seus livros podem ser encontrados na loja virtual: www.eticaeditora.com.br

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A VOZ E O SILÊNCIO

        A Zuzinha.

Mais um instrumento
se cala
na sala escura do tempo
se cala
mais um instrumento.

E a dor de não ser tocado
só sabe dizer quem sente.
Mas como dizer se a voz
calou-se agora pra sempre?

O barulho da cidade
guarda um silêncio esquecido.
Feito de dor de saudade
feito de choro e gemido.

Que grita neste momento:
Morre o músico.
Morre a música.
 Morre a voz do instrumento.

Zeca Tocantins.

FÉ E RIQUEZA

       Era clara a preferência de Jeus Cristo pelas pessoas mais pobres, os mais humildes. Sua vida de simplicidade e seus ensinamentos colocam a fraternidade a solidariedade e o amor, como os principais pilares de uma sociedade mais justa, mais humana.
       Adalberto Franklin tem cacife para dissecar sobre o assunto; sua longa vivência no CNLB - Conselho Nacional de Leigos e Leigas do Brasil e, como dirigente do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil, deram-lhe substância para tratar um tema tão delicado.
        Aqui não se trata de uma condenação à riqueza, mas um alerta para que o homem, seduzido pelos bens materiais, não se deixe escravisar. Afinal, vivemos numa sociedade movida pelo Capital, sistema que se sustenta na força diária da propaganda que arrasta nossos desejos para o mundo do consumo.
        Ser rico não deve ser nenhum defeito, a maneira como esta riqueza fora adquirida ou está sendo utilizada é que pode levar o homem ao pecado. É fato que a riqueza alimenta nosso egoísmo, a nossa ganância, os pobres são sem dúvida mais solidários.
         As primeiras comunidades Cristãs dividiam entre si os seus pertences, muitas aldeias brasileiras ainda vivem este costume. Em 1893, o líder religioso Antônio Conselheiro, reuniu na região de Canudos , na Bahia, milhares de fiés e fundou o povoado de Belo Monte. Quatro anos depois, o povoado e a região se tornara a segunda parte mais habitada daquele Estado. A destruição de Belo Monte pelas froças do Governo é uma das marcas mais dolorida da história deste País. Alí, as riquezas era um bem pertecente a toda comunidade. Hoje são inúmeras as Igrejas que pregam o acúmulo de bens materias, afirmam inclusive, que é um milagre de Deus.
          Adalberto é membro fundador  da Academia Imperatrizense de Letras e da Academia de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons. Escreveu vários livros de história regional e é proprietário de Ética Editora. Seus livros pode ser encontrados no endereço virtual: eticaeditora.co.br

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ILHA BELA - DISCO

        Um repertório de oito músicas, sendo sete de Carlinhos e uma de Erasmo Dibel. A produção é assinada pelos competentes profissionais; Henrique Duailibe, Edinho Bastos e o próprio Carlinhos Veloz.
         Ele nasceu às margens do rio Capibaribe, em Recife, no ano de 1965 com o nome de Luiz Carlos Alves da Silva. Nasceu pela segunda vez, em 1985, como Carlinhos Veloz, agora artisticamente às margens do rio Tocantins, quando a cidade de Imperatriz abrigava o FABER - Festival Aberto do Balneário Estância do Recreio.
         Em Ilha Bela, ele extrai a matéria-prima que constrói sua poesia das cidades em que viveu e aprendeu gostar: A música Ilha Bela é um reggae inspirado nas belezas e nos costumes de São Luís; Imperador Tocantins, saúda nosso rio e o titula como Imperador da cidade que banha; Altos e Baixos, retrata o Rio de Janeiro e seus contrastes geográficos; Cirandar, é uma bela ciranda de mãos dadas com Itamaracá. São hits que enchem de orgulho as cidades homenageadas.
         Ele é Veloz; morou em Corumbá, Recife, Rio de Janeiro, Portugal, Imperatriz, São Luís e percorre todos os grandes projetos alternativos da música popular brasileira. Sempre colhendo os aplausos merecidos. Impressiona como artistas do quilate de Carlinhos não encontram espaços na programação de nossos rádios. Ainda bem que isso não lhe incomoda, ele segue consciente da qualidade indiscutível de seu trabalho.
          O acordeon de José Américo deu a construção definitiva à música "Imperador Tocantins" e, a presença do compositor Erasmo Dibel com a música "Minha Cidade", amplia o terreno onde Carlinhos pisa firme e segue encantando a todos aqueles que tenham oportunidade de conhecer e reconhecer o seu talento.
         Você pode conhecer melhor este grande artísta e sua obra visitando o endereço eletrônico: www.carlinhosveloz.kit.net

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DEPRESSÃO

 O Homem objeto do medo;
 se tranca, se fecha, se some...

 Dentro da escuridão
  de si mesmo.

De Zeca Tocantins.

O CAMALEÃO QUE QUERIA SER GENTE E outras fábulas.

        Este livro recebeu da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão o prêmio Gonçalves Dias de Literatura. Primeiro lugar no concurso Plano Editorial Secma, 2009.
        Além de Camaleão, tem as fábulas A Galinha Magra-magrinha, A Formiguinha que criou asas e se perdeu e o Último Conto Contado. É dedicado ao mestre Vito Milesi, que o autor reconhece como seu maior incentivador na literatura infantil.
         O escritor Livaldo Fregona que assina o prafácio afirma que " Gilmar ao escrever seus contos, suas fábulas, se transforma numa criança que, numa bela tarde, rodeada de amiguinhos, conta o que aconteceu com o Camaleão, A Galinha..." Gilmar então não é um velhinho contador de estórias, mas alguém que mergulha no imaginário da criança e se deixa encantar.
          Solta as rédeas da imaginação tudo é possível; A Galinha Magricela que exibe sua magresa com intuito de ser modelo de televisão, o Camaleão que abandona seus amigos e a bonita floresta para viver urbanamente como gente, a Formiga que canta e voa por pura vaidade. Um mundo onde tudo é possível, inclusive o leitor virar bicho para desencantar no fim de cada fábula.
          Uma leitura que envolve a atenção da criança e estabelece uma certa cumplicidade entre o leitor e o livro.Para Edna Ventura, que assina a Apresentção " Gilmar foi além. Mergulhou no mundo da fábula. É possível que de lá não retorne. Mais amadurecido no seu fazer literário, constrói suas narrativas e, em cada diálogo entre os personagens, oferece ao leitor um universo de uma reflexão segura que interfere no pensamento, nos valores e na condição humana".
         Coordenando o projeto " Nossa Arte nas Escolas ", vi com muita alegria crianças absolvidas na leitura deste livro, pena que foram apenas cinco colégios da rede pública municipal, onde tivemos o prazer de levar livro e o escritor para o conhecimento de nossos jovens estudantes. Em cada Escola vinte livros eram oferecidos para estimular os alunos a cantarem ou declamarem alguma poesia, o prêmio era recebido das mãos do escritor devidamente autografado.
          Gilmar Pereira da Silva, nasceu em 23 de maio de 1957, na cidade de Xambioá, antigo Goiás, agora Tocantins. Com um ano de idade chegou a Imperatriz, onde reside até hoje. É membro fundador da Academia Imperatrizense de Letras - AIL, cadeira 28, que tem como patrono o imortal Viana Guará ( poeta maranhense ). Sua obra pode ser encontrada no endereço eletrônico www.eticaeditora.com.br

TERREIRO DE TODO CANTO

        Um disco reunindo vários rítmos com seus instrumentos característicos; rumba e marcha de carnaval com seus metais, xote e baião com sanfona e zabumba, bumba-meu-boi com pandeirões e matracas, chorinho com a flauta encantada de Zeze e o Grupo de Choro Pixiguinha.
        Na diversidade de rítmos o encontro alegre e descontraído de meus convidados especiais, que muito enriqueceram com suas vozes este trabalho; Claúdio Pinheiro, Solange Leal e Fátima Passarinho. Os arranjos ficaram por conta de Henrique Duailibe e foi gravado e mixado no Estúdio Refrão em São Luís do Maranhão. 
        Destaque também para as fotos do grande profissional Marcone Pinheiro e, para a execução esplendorosa de Nhozinho, composição de Henrique Guimarães, que homenageia este grande artesão pertencente a história de São Luís.
        Onze músicas são de minha autoria e este é o meu primeiro CD, nele procurei abrigar pessoas de minha afinidade como o percussionista Erivaldo Gomes e o sanfoneiro iluminado Eliésio, entre outros nomes evidentemente de nossa rica música maranhenese.
         Algumas foram regravadas por outros artistas alcançando relativo sucesso. Entretando, a música que marcou realmente no gosto do povo foi Estiagem, sempre aplaudida com muito carinho por onde tenho oportunidade de cantar. Quer conferir? Estou aberto convites!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O CONTATO INICIAL

      Leonildo Alves de Sousa, é oriundo de Pastos Bons, cidade que abria as portas pros sertões maranhense, onde criadores procedentes de Salvador na Bahia, encontravam por estas bandas fartos pastos para criação de seu gado.
      Este poeta chegou a Imperatriz no dia 24 de dezembro de 1978, onde concluiu o ensino médio. É casado e tem quatro filhos.
      Em O Contato Inicial sua poesia se derrama apaixonada; essa é sua maneira de ser e de escrever. Como testemunhou Adolfo Pires da Fonseca Neto, " em pleno carnaval na cidade de Cururupu, quando em uma roda de samba o poeta conseguiu com que todos dessem um minuto de atenção para declamar versos seus e de seu compadre e mestre José de Ribamar Fiquene". Assim é Leonildo.
      Nesta cidade nosso poeta cresceu muito como empresário, tanto que simulando uma disputa entre o empresário e o poeta, o primeiro ganharia com facilidade. Mas o poeta desconhece a derrota e como afirma o editor Adalberto Franklin. "Neste O Contato Inicial, Leonildo supera todas as suas obras antecedentes, tanto em carga poética quanto em sensibilidade humana; tanto na paixão pela vida e quanto na certeza da morte".
       O próprio Leonildo confessa: " Não é fácil transpor com fidelidade o sentimento poético para o papel, ou seja, elaborar o poema com toda carga poética que se sente ou que toma conta do poeta".
        Ele é membro da Academia Imperatrizense de Letras, ocupando a cadeira 27, tendo como Patrono Francisco de Paula Ribeiro.Sua obra pode ser adquirida no endereço eletrônico; www.eticaeditora.com.br.

OLHOS D'ÁGUA

Na região serrana do Rio
muitas águas
muitas águas...

Mesmo depois das chuvas
muitos olhos
muitos olhos...

Não encontram o calor da estiagem.

De Zeca Tocantins.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

DIALÉTICA DO SILÊNCIO

     Este é meu nono livro, uma síntese de um trabalho poético que venho desenvolvendo há décadas: Sempre me encantou frases cheias de sabedorias, normalmente ditas pelos nossos filósofos; a eficiência dos comerciais de televisão que em segundos nos convence da qualidade dos produtos exibidos na tela; as frases e imagens nos out-doors transmitindo mensagens claras e inteligentes mesmo quando estamos em velocidade. Disso tudo quis extrair o produto do meu livro.
      São poemas curtos, sem títulos, identificados apenas por um número. Onde o poeta se coloca na presença de um silêncio inquiridor. Um silêncio que não é feito de vazio, mas de uma linda paisagem que pode se tornar ainda mais bela quando ornamentada com a palavra certa e o tamanho exato. Um amplo e verdadeiro diálogo com o nosso próprio íntimo.
       Um livro onde o silêncio é imperativo e pode ser consumido em minutos embora não seja aconselhável -  Como uma noite que guarda a consciência que seu escuro projeta o brilho intenso das estrelas. O leitor que não construiu ainda um diálogo com o seu silêncio certamente irá estranhar. Assim como a vida nos condena não por que erramos mas por que esquecemos de corrigir, assim também o silêncio nos condena, não pela ausência de palavras, mas por não sabermos utilizá-las.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

EXPEDIÇÕES PELOS RIOS TOCANTINS E ARAGUAIA

        Este livro é o relato de seis expedições feitas pelo jornalista e escritor Domingos Cézar pelas águas dos rios Tocantins e Araguaia. Cinco delas acompanhado do estudante de Ciências Biológicas, Eraldo Júnior.
        De Itupiranga a Carolina foram registradas as agressões sofridas pelos rios: desmatamento, assoreamento, entre outras mazelas.
        Tangido pelas lembranças de quando pescava com seu pai Cametá, o escritor idealiza um cordel denominado "Alerta, rio Tocantins", que é a voz do rio que não tem voz a pedir socorro. Consciente que este trabalho deveria chegar às mãos daqueles que moram nas ribançeiras, portanto,os guardiões das margens dos rios, foi então idealizada estas expedições.
        Em todos os portos Domingos procurou contato com lavradores, presidentes de Colônias de Pescadores e até mesmo com Prefeitos de cidades ribeirinhas; doava o cordel e falava da destruição sofrida pelo nossos rios. Apesar da realidade; grande quantidade de espécies de peixes já extintas, ex; o dourado, o mandi-lira, o jaraqui, o fidalgo entre outros, fora a destruição dos berçários; lagos que foram totalmente assoreados, a grande maioria da comunidade parece alheia aos fatos.
         Os grandes projetos com promessas de empregos inibe qualquer possibilidade de discussão. A propaganda de progresso invade os meios de comunicação deixando cada vez mais muda as vozes daqueles que defendem nossos rios. Povoados que no passado tiveram grandes produções agrícolas, são hoje totalmente abandonados por falta de energia rural.
         Na sexta e última expedição nossos navegantes resolveram adentrar o majestoso rio Araguaia, indo até a cidade de Araguatins, constatando que este rio se encontra bem mais preservado que o nosso Tocantins. Essas vozes precisam de ressonância.
         Quem desejar embarcar nessa viagem basta visitar a loja virtual da editora: www.eticaeditora.com.br e boa viagem!...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

KELBILIM - O Caçador de Enganos.

     Hipona, a última cidade da Numídia que oferecia resistência a invasão bárbara, na costa mediterrânea da África agora estava sendo invadida, tendo Genserico, o próprio Rei dos vândalos no comando. Kelbilim, no seu leito de morte ouvia os tambores e sentia as tropas e as máquinas de guerra se aproximando. Roma, a cidade sagrada não resistiu a investida dos visigodos. Alarico, Rei dos visigodos ampliava seu domínio. Era o ano de 410. Aquele acontecimento deu inicio a um dos mais longos períodos de nossa história: a Idade Média.
     Induzido pelo pensamento filosófico de Platão, Kelbilim procurou saciar sua sede de conhecimento. Essa busca revela sobretudo seus enganos. Consciente desses desabores que lhe causava tanto sofrimento, ele abraça sua alma e extrai desses enganos a susbstância necessária para construir uma inteligência muito além daqueles de seu tempo.
      Não chega a ser um livro de filosofia propriamente dito, mas é um agradável exercício pelos intrincados mistérios da existência. Sábio é aquele que sabe aprender; é o que se pode lê nas entrelinhas. As lições se põe por toda parte prontas para serem colhidas por alguma inteligência habilidosa. O próprio Kelbilim, apesar dos enganos, deixa em seus rastros lições que enriquecem a nossa existência. Agostinho Noleto, o escritor dessa obra é presidente da Academia Imperatrizense de Letras e seu livro foi escolhido pela Academia como o melhor de 2010. Vale a pena mergulhar nessa leitura.

LUTAS, FRACASSOS E VITÓRIAS - MEMÓRIA

José Matos vieira, pode até não ser um grande escritor, mas é um bom contador de histórias. Não há nada mais agradável que a gente estirar o corpo numa rede pra escutar uma boa história.
Nascido no dia 02 de março de l922, num lugar chamado São Joaquim, margem do riacho Pucumã, no município de Caxias, estado do Maranhão. Aos dois anos de idade perdeu sua mãe, dona Maria Lopes, com oito anos era aprendiz da tipografia de seu tio Antônio, onde era editado o jornal "A Escola", com 15 anos perdeu seu Pai.
Daí por diante Vieira aventurou-se pelos virgens Castanhais do Pará, onde a vivência com os indios e com as onças era obrigatória. No verão, quando os rios retornavam a seu leito, ele era contaminado éla febre dos garimpos. De picareta na mão, andou cavando ouro e diamante nos rios Araguaia e Tocantins.
Nesse revezamento Vieira acabou encontrando o ouro de sua vida; dona Vicência, que lhe resgatou a base familiar e lhe deu de presente dez filhos.
A abertura da estrada Belém-Brasília deu um impulso tão forte no crescimento de Imperatriz que toda a região foi abalada. Atraído por aquele movimento, Vieira aqui aportou vindo de Marabá-PA, no dia 26 de abril de 1966.Instalou a primeira tipografia e impressionado com o crescimento e a presença de tanta gente vinda das mais diferentes regiões, no dia 03 de Maio de 1970, ele faz circular pelas ruas de Imperatriz nosso primeiro Jornal "O PROGRESSO". Era portanto o retorno de nosso aventureiro a seu primeiro ofício. Um livro agradável de ser lido.